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Breastfeeding Aversion and Agitation
                   (Aversão à amamentação)

Aversão à amamentação
A aversão à amamentação é um fenómeno vivenciado por algumas mulheres lactantes. Em inglês, é chamado de Breastfeeding aversion and agitation (BAA) ou nursing aversion (NA).


Este site não explica por que algumas mulheres têm aversão à amamentação em geral, seja por causa do estigma social, abuso sexual prévio, ou simplesmente porque desejam oferecer fórmulas/leite artificial. Este site destina-se a mulheres lactantes que vivenciam aversão à
amamentação, com o objectivo de conscientizar sobre o assunto e fornecer recursos e apoio.


A pesquisa
Actualmente, as causas não são conhecidas, pois nenhum estudo foi publicado sobre oassunto. No entanto, alguns livros mencionam o tema (Flower, 2003; Kursi, 2015) e várias mulheres já compartilharam as suas experiências pessoais. Actualmente, os únicos dados disponíveis são provenientes de experiências vividas e permitem descrever o fenómeno e
propor maneiras de diminuir os sintomas de aversão para mulheres que desejam continuar a amamentar.


O que é aversão e quando ocorre?
As mulheres podem vivenciar aversão à amamentação em qualquer momento durante sua experiência de amamentação. Isso pode ocorrer desde os primeiros dias, durante a gravidez ou durante a amamentação em tandem (dois ou mais filhos). A experiência varia de mulher para mulher, podendo ter duração e intensidade diferentes. Algumas mulheres experimentam aversão apenas uma vez, enquanto outras a vivenciam constantemente, a cada mamada. Raiva e irritabilidade são sentimentos comumente relatados. Também são observadas “comichões” quando a criança está no seio e uma necessidade urgente de interromper a mamada. (O termo "comichão" é usado de forma ampla, as sensações podem variar de uma mulher para outra.) Sentir raiva e desejar interromper a alimentação da criança geralmente gera sentimentos de
vergonha e culpa.


Ausência de reconhecimento dessa experiência
Como a aversão à amamentação é pouco discutida na literatura científica e reconhecida apenas de forma não oficial entre as mães lactantes, é uma experiência muito difícil que as mães enfrentam de forma isolada. Os parceiros, outros membros da família, amigos e até mesmo profissionais de saúde não entendem o que as mães sentem e sugerem o desmame ou
a introdução de fórmulas/leite artificial. No entanto, a maioria das mães que vivencia aversão deseja continuar a amamentação e deve ser apoiada de todas as maneiras possíveis.


O que fazer? Falar sobre isso!
Se és uma mãe que está a vivenciar aversão à amamentação, fala sobre isso com pessoas que confia, explique o que está a acontecer e peça ajuda. O apoio de mãe para mãe é muito importante para as mães que vivenciam aversão à amamentação. Saber que não estás sozinha
nesta experiência ajuda a normalizar os sentimentos e tentar identificar o que está a desencadear a sua aversão e o que pode diminuí-la.


As causas
Dependendo das mulheres, alguns factores isolados ou uma combinação de factores podem contribuir para desencadear os sintomas de aversão. A simples compreensão de que a aversão está relacionada ao ciclo menstrual pode ajudar uma mãe a prever quando isso ocorrerá,
compreendendo que é uma questão hormonal e passageira. Se não estás a alimentar-te bem ou a dormir o que necessitas, melhorar a hidratação e alimentação pode ajudar a amenizar os sintomas. Actualmente, a melhor maneira de encontrar os gatilhos é por meio de tentativa e erro.


O que pode ajudar?
Se estás a vivenciar aversão à amamentação, existem algumas dicas podes tentar fazer para aliviar os sintomas e ajudar a continuar a amamentar. Se desejas continuar amamentar e seu filho é mais velho, considera amamentar apenas quando estiver sentada numa cadeira
específica ou usar uma blusa/camisola específica para ajudar seu filho a entender que só pode mamar nesses momentos específicos. Não oferecer o peito, mas também não o recusar, pode ajudar, assim como limitar o número de mamadas por dia ou a duração da mamada.


Dicas
Manter um diário para anotar os momentos em que vivencias os sintomas para depois tentar encontrar uma ligação, um gatilho. 

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Solicitar ao médico analises de sangue para verificar a saúde, para detectar deficiências de certos minerais (ferro, vitamina D, B12, magnésio) ou resultados anormais para hormonas femininas (LH, FSH, prolactina, estrogénio, progesterona). Caso contrário, considere consultar
um nutricionista com os resultados do seu exame de sangue.


Se a pega correcta do seio pelo seu recém-nascido não estiver adequada, procure ajuda rapidamente. Independentemente da causa (pega, posicionamento, mobilidade da língua, etc.), ter mamadas dolorosas pode fazer com que você tenha medo das próximas mamadas.
Embora geralmente isso se resolva com a prática, pode levar a uma aversão de longo prazo. Além disso, embora não haja pesquisas que demonstrem que a criança mama de forma diferente à medida que envelhece, algumas mães percebem uma mudança. Algumas mães
sentem os dentes se a pega estiver inadequada. Além disso, à medida que a criança cresce e o leite ocupa menos espaço em sua dieta, a pega do seio pode se tornar "preguiçosa". Garantir que a boca esteja bem aberta e que a sucção seja adequada a cada mamada pode diminuir as sensações de aversão.


Distracção! O alívio mais rápido provavelmente é a distracção cognitiva. Amamenta na presença de outras pessoas, saia ou convida pessoas para ir a sua casa. Olhe para o seu telefone, leia um livro, assista televisão. Algumas mães com aversão severa relatam que segurar um cubo de gelo na mão as distrai (sim, funciona). A distracção cognitiva funciona 
porque o cérebro não pode gastar energia ao mesmo tempo numa actividade e em emoções avassaladoras. Tudo o que permitir que te distraia até o final da mamada vale a pena tentar.


Sono

Embora possas sentir que não tens controle sobre o teu sono, é importante falar sobre isso. O sono é importante para tua saúde mental e tua funcionalidade diária. As mães relatam frequentemente que a aversão é pior quando estão privadas de sono. Se não consegues dormir durante o dia, peça ajuda. Peça a amigos ou familiares para cuidarem dos filhos para que consiga fazer uma sesta TODOS OS DIAS, se possível. Permite-te o direito de dormir ou, pelo menos, descansar. Experimenta a meditação mindfulness ou escuta vídeos de hipnose do sono (yoganidra) no YouTube para ajudar a relaxar durante o dia ou à noite.


Hidratação e nutrição
"A lactação representa o maior gasto energético pós-natal para mulheres humanas e não humanas, e a capacidade de suportar os custos da lactação é influenciada pela condição física da mãe" (Hinde, 2009).


Aconselho-te a consultares um nutricionista para analisar e melhorar a tua alimentação e verificar se essa mudança alimentar reduz os sintomas de aversão. Hidrate-se MUITO, especialmente durante a noite. Embora não haja pesquisa para comprovar a eficácia de suplementos, muitas mães que tomaram vitamina B12, magnésio e vitamina D notaram uma
diminuição de seus sintomas.


TPM = Tempo Para Mim


Sentires invadida e não teres tempo para ti mesma é uma reclamação comum das mães, especialmente aquelas que amamentam crianças mais velhas ou que amamentam em tandem. Ter tempo para Ti mesma, sem amamentar, é crucial para algumas mulheres lidarem com a aversão.


Hormonas
A aversão à amamentação pode começar quando a menstruação aparece pós-parto. Para algumas mulheres, a aversão continua a cada ciclo menstrual, em diferentes formas. Desequilíbrios hormonais podem causar estragos em nós, mulheres. Saber que o equilíbrio regressa após a menstruação/ovulação pode ajudar a passar por esse período mais difícil,
portanto, lá voltamos ao nosso diário.

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Quem sou Eu?
Lígia Morais – Portugal ( IG ligiamorais_amamentacao -
https://www.instagram.com/ligiamorais_amamentacao/ )
Acompanho as mulheres durante a gravidez, o parto e o período pós-parto para que tenham confiança em si mesmas, se sintam bem no papel de mãe e, acima de tudo, concedam a si próprias a importância que merecem. Tendo eu mesma vivido a aversão à amamentação, tomei a iniciativa de traduzir uma parte do site "Breastfeeding Aversion"; para português, partilhar a minha experiência pessoal e contribuir para a conscientização sobre esta dificuldade na amamentação, ainda pouco conhecida. Acompanho em Portugal mulheres que tem aversão, e as ajudo a conseguirem ultrapassar e a melhorar a sua relação de
amamentação.

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Pesquisas - fonte: questionário online com participantes

88%

NUNCA OUVIRAM FALAR DE AVERSÃO À AMAMENTAÇÃO

30%

NÃO CONTARAM A NINGUÉM

7%

DESMAMARAM POR CAUSA DA AVERSÃO À AMAMENTAÇÃO

Nas experiências de algumas mães, a aversão pode ser causada por:


ï‚· Ovulação
ï‚· Início da menstruação e menstruações subsequentes
ï‚· Diminuição da intimidade (orgasmos) com o parceiro
ï‚· Privação de sono - Cansaço e fadiga
ï‚· Falta de minerais - B12, magnésio e vitamina D são frequentemente mencionados
como ajudantes
ï‚· Não ter uma pausa no papel de cuidadora principal
ï‚· Amamentação em tandem (um recém-nascido e uma criança mais velha)
ï‚· Estar grávida e continuar amamentando um filho
ï‚· Hidratação insuficiente
ï‚· Histórico anterior de abuso sexual
ï‚· Depressão pós-parto diagnosticada ou não diagnosticada (ou transtornos de humor)


Descrições da aversão/agitação relatadas:
ï‚· Sentir-se sobrecarregada/excesso de contacto físico
ï‚· Sentir uma sensação de formigueiro ou 'rastejamento'
ï‚· Sentir desconforto/dor enquanto o bebé está a mamar
ï‚· Sentir raiva quando o bebé está a mamar
ï‚· Sentir fúria quando o bebé está a mamar
ï‚· Sentir-se desesperada e com vontade de sair
ï‚· Querer desmamar, mas simultaneamente não querer desmamar
ï‚· Sentir culpa pelos sentimentos de aversão
ï‚· Sentir vergonha pelos sentimentos de aversão

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Book

Book Release 

The first-ever book on the phenomenon of Aversion is due for publication in September 2020

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Less is more, and as busy mums on the go, these short podcasts explore everything from society to biology to psychology.

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